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sexta-feira, 12 de abril de 2013

A VERDADE NÃO É TEORIA





A VERDADE NÃO É TEORIA

A verdade não é teoria, porque ela é o fundamento da vida e tem sua origem em Deus e em Deus permanece. Todo ser inteligente ou não, busca sempre a verdade, porque nela encontra segurança, por isso, nada e ninguém permanece sem que a verdade o sustente. Desde o primeiro momento de nossa existência, fazemos parte da eternidade criadora de Deus, pois, em sua Sabedoria criou tudo e em tudo pôs o seu propósito divino, a fim de que participemos de sua glória eterna.

Aqui estamos, é verdade, em nossa naturalidade, mas não sem a proteção divina; a não ser que a dispensemos por nossas práticas pecaminosas, neste caso, afundamos na lama da maldade que cultivamos e a nossa integridade torna-se frágil, porque nos expondo ao mal, não somos capazes de nos defender por nós mesmos. O resultado são as tragédias que constatamos pela desobediência demostrada, pois sempre que pecamos nos desligamos de Deus, porque em Deus não há pecado. Porém, por sua misericórdia, Ele nos acompanha, para que mediante o arrependimento, a confissão e a absolvição dos pecados cometidos, voltemos ao perfeito estado de graça, isto é, à plena comunhão com o Senhor que no Seu amor nos quer sempre felizes sob o seu amparo. (cf. Lc.13,34).

A verdade do Senhor está sempre presente em tudo e em toda parte de sua obra, basta o bom senso para se perceber isto. Seja lá onde for, fazendo o que estivermos fazendo, não podemos nos ocultar dela ou a ocultarmos com nossas maquinações, porque mais cedo ou mais tarde ela virá à tona e revelará o que tentamos esconder nos bastidores de nossa existência (cf. Mt 10,26). Ao falar sobre isto, São Paulo assim se expressou: “A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o leem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar”. (Rom 1,18-20).

Não obstante a negativa dos homens em conhecer a verdade e permanecer nela, Deus enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, para que por Ele tivéssemos o pleno conhecimento de Sua Presença Pessoal, transparente aos olhos do mundo, e profundamente visível aos olhos (entendimento) dos que creem. “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado; por que não crê no nome do Filho único de Deus. Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus”. (Jo 3,16-21).

A respeito da Pessoa de Jesus Cristo, eis o que escreveu São João: ”No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. [O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem”.

Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade”.

João dá testemunho dele, e exclama: Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim. Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou”. (Jo 1,1-18).
Portanto, a verdade que estamos vivendo é com ela que entraremos na glória de Deus ou não. Pois, como dizia São Francisco de Assis: “Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais”. E se referindo ao nosso devir, assim nos ensinou São Paulo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,7-10).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.


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