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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Falai, Senhor, que o vosso servo escuta.

Falai, Senhor, que o vosso servo escuta.

Sou o vosso servo, daí-me entendimento para que eu conheça vossos ensinamentos.

Inclinai o meu coração às palavras de vossa boca; desçam elas sobre mim, como orvalho.

Diziam outrora os filhos de Israel a Moisés: Fala-nos tu, que te ouviremos; não nos fale o Senhor, para que não suceda que morramos.

Não, Senhor; não é essa a minha prece; antes, como o profeta Samuel, humilde e ansioso vos peço: Falai, Senhor, que o vosso servo vos escuta.

Não me fale Moisés ou algum dos profetas; mas falai-me vós, Senhor Deus, inspirador e oráculo dos profetas; porque vós, sem els, podeis, perfeitamente, instruir-me; ao passo que eles, sem vós, de nada me valerão.

Podem, de fato, proferir palavras, mas não podem comunicar o espírito.

Transmitem letras; mas vós manifestais o espírito ; propõem os mistérios; vós desvendais a significação das figuras.

Promulgam vossos mandamentos; mas vós nos ajudais a cumpri-los.

Mostram o caminho de vós, porém, nos advém a força para segui-lo.

Atuam exteriormente; mas vós instruis e iluminais os corações.

Regam a superfície, vós dais a fecundidade.

Clamam com palavras; vós concedeis inteligência para compreendê-las.

Não me fale,pois, Moisés, mas vós, Senhor Deus meu, Verdade eterna; para que não
morra e fique sem fruto, se for apenas de fora advertido e não abrasado por dentro.

Não me sirva de condenação vossas palavras ouvidas e não praticadas; conhecidas e não amadas; crida e não observada.

Falai, pois, Senhor, que o vosso servo vos escuta, porque tendes palavras de vida eterna.

Falai-me para consolação de minha alma, emenda da minha vida, para louvor, glória e honra perpétua vossa.

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