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domingo, 13 de novembro de 2011

Reflexão XIV


Reflexão XIV

Há em nós secreta malícia que se compraz em descobrir as imperfeições de nossos irmãos, e eis aqui porque somos tão propensos a julgá-los, esquecendo que a Deus só pertence julgar os corações.

Em lugar de pesquisar tão curiosamente a consciência alheia, metamos a mão na nossa, ali acharemos bastantes motivos para sermos indulgentes com o próximo e não inquietações a nosso respeito.

Quem não é superior ou prelado nenhum cargo tem de vigiar seu semelhante; cada um só de si responde: “Não julgues, portanto, para que não sejas julgado”.

Não procura ver o malicioso que se fazem as coisas com santa intenção e julga o bem que vê pelo mal que repara na sua imaginação.

Livrai-me, Deus meu, desta presunção maligna; refreai minha língua para que nunca fale contra meu próximo, moderai meus pensamentos para que em tudo sejam conformes à lei santa de vosso amor e dilatai meu coração com os ardores da caridade para que sempre siga o vosso divino Filho que, na agonia do Calvário, vos pediu perdão para os que o crucificavam.

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