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sábado, 11 de fevereiro de 2023

DEUS AGE SEMPRE NO POUCOS QUE LHE OFERECEMOS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 8,1-10)(11/02/23)


Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra que o nosso tempo neste mundo foi abreviado por conta do pecado de Adão e Eva que foram expulsos do paraíso por causa da desobediência que cometeram; no entanto, Deus lhes prometeu o retorno pela perfeita obediência de um seu descendente que pisando a cabeça da serpente a venceu definitivamente nos libertando do pecado, para nos conduzir ao paraíso do Reino de Deus.

Com efeito, a primeira leitura nos leva a uma profunda reflexão sobre a luta contra o pecado cujo resultado dessa luta é o retorno ao estado de graça, à comunhão com o Senhor. De fato, o pecado mortal tem como consequência a perda do estado de graça, porque nos separa de Deus. Todavia, por sua Divina Misericórdia, o Senhor nos dá o perdão pelo sacrifício do seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para nos dar a vida eterna.

Decerto, isso acontece por meio do batismo que nos purifica do pecado original, como escreveu são Paulo: "Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova." (Rm 6,3-4).

No Evangelho de hoje são Marcos narra a multiplicação de sete pães e alguns peixes para uma multidão de mais de quatro mil pessoas, mostrando-nos que Cristo é o Pão da vida eterna que nos sustenta neste percurso que estamos fazendo de modo que os que Dele se alimentam são fortalecidos para não desfalecerem na luta contra o pecado, que é a causa de todos os males que vemos neste mundo.

Então, qual aprendizado tiramos desse episódio? O motivo da presença da multidão era a fome de ouvir a Palavra do Senhor Jesus e receber as graças que brotavam de suas ações; depois, mesmo diante da pouca fé dos discípulos que lhe apresentam as dificuldades do deserto e a escassez do necessário para saciar tanta gente, nada disso impede do milagre acontecer, porque ao dar o pouco que possuíam mais a disponibilidade em servir, foi o suficiente para o poder de Deus agir imediatamente.

Decerto, como vimos, a oração e a benção do pouco que ofereceram foram fundamentais para a realização da vontade de Deus; desse modo, a escuta da Palavra, a oração e a benção do Senhor se constitui o fio condutor de nossas ações, pois onde dois ou três ou mesmo uma grande multidão se reúne em nome de Cristo, Ele se faz presente realmente no meio deles. 

Portanto, caríssimos, a Palavra de Deus, os Sacramentos, a vida de oração pessoal e comunitária no seio da Santa Igreja nos faz participantes da Sua natureza divina cuja essência é a imortalidade, ou seja, a prática da fé faz acontecer a vontade de Deus. 

Destarte, bem-aventurados somos quando nos pomos a serviço do Senhor Jesus com o pouco que temos, pois, cremos que recebemos infinitamente mais do que lhe oferecemos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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