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sábado, 24 de junho de 2023

SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA...


 Sol. do nascimento de São João Batista (Lc 1,57-66.80)(24/6/23). 


Caríssimos, todas as obras de Deus são perfeitas e quando alguém interfere para que elas não o sejam, essa interferência só atinge aqueles que não vivem a sua vocação com o mesmo propósito para o qual Deus os criou. Não pensem que o mal tem algum poder sobre os filhos e filhas de Deus ou sobre suas obras, porque não tem; visto que a vontade de Deus é livre e soberana e tudo dispõe à nosso favor à medida em que o obedecemos para que se cumpra todos os seus desígnios à nosso respeito.

A Solenidade de São João Batista que a Igreja hoje celebra sela o encontro dos dois Testamentos que são frutos da aliança entre Deus e os homens, pois, por meio de sua missão profética, Deus Pai, finda o Antigo Testamento e dá início ao Novo como última etapa da história da humanidade. 

Ao enviar o seu Filho, Jesus Cristo, do qual João Batista é o precursor, o Senhor decreta o fim dos tempos e dos reinos humanos e dá início ao seu reinado eterno em cuja plenitude se dará o juízo final, quando serão julgados os vivos e os mortos. Bem como Ele profetizou: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade." (Mt 24,30).

Com efeito, o que mais chama a atenção na missão de João é a maneira com a qual ele a conduz; João significa "Deus nos é favorável", desse modo, ele revela quem é Jesus e qual é a sua missão, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" e completa: "Eu não sou digno de desamarrar as correias de suas sandálias, convém que ele cresça e que eu diminua." (Jo 1,29.27).

"O maior dos homens foi enviado para dar testemunho daquele que era mais que um homem. Com efeito, quando aquele que «é o maior de entre os nascidos de mulher» (cf Mt 11,11) diz: «Eu não sou o Messias» (Jo 1,20) e se humilha face a Cristo, temos de entender que Cristo não é apenas um homem. João é homem, Cristo é Deus: é preciso que o homem se humilhe, para que Deus seja exaltado.
Foi para ensinar o homem a humilhar-se que João nasceu no dia a partir do qual os dias começam a diminuir; para nos mostrar que Deus deve ser exaltado, Jesus Cristo nasceu no dia em que os dias começam a crescer. Há aqui um ensinamento profundamente misterioso. 

Nós celebramos a natividade de João como celebramos a de Cristo, porque essa natividade está cheia de mistério. De que mistério? Do mistério da nossa grandeza. Diminuamo-nos em nós próprios para podermos crescer em Deus; humilhemo-nos na nossa baixeza, para sermos exaltados na sua grandeza." (Santo Agostinho - Sermão 289, 3º para a Natividade de João Batista). 

Portanto, caríssimos, nós estamos vivendo os últimos preparativos para a vinda definitiva do Filho do Homem, nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos viver o que Zacarias, pai de são João Batista, nos ensinou no dia do seu nascimento: "Sirvamos ao Senhor em santidade e justiça todos os dias de nossa vida."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

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