Sol. Da Cátedra de São Pedro (Mt 16,13-19)(22/02/24)
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1. Caríssimos, a nossa vida neste mundo é uma missão que nos foi confiada por Deus; e como tudo aqui está submetido ao tempo, desde já Ele nos dá a conhecer, por meio da morte temporal, o limite dessa nossa missão; assim, o nosso testemunho de Cristo é também nossa preparação para o grande dia da nossa Páscoa eterna.
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2. A Igreja hoje celebra a festa da cátedra de São Pedro que se traduz pelo testemunho que deu do Filho de Deus ao reconhece-lo como o Cristo, o enviado do Pai para a salvação do seu povo e de toda humanidade.
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3. Decerto, esse reconhecimento é sinal da unidade da Igreja, confirmada pela autoridade recebida do Senhor: "Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vence-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19).
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4. Santo Agostinho referindo-se à essa graça recebida por Pedro, escreveu: "Este nome de Pedro foi-lhe dado porque ele foi o primeiro a assentar entre as nações os fundamentos da fé e porque ele é o rochedo indestrutível sobre o qual repousam os alicerces e o conjunto do edifício de Jesus Cristo. Ele chamou-se pedra pela sua fidelidade, enquanto o Senhor recebe esse mesmo nome pelo seu poder."
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5. Com isso entendemos que essa autoridade petrina dada por Cristo continua na pessoa do atual sucessor de Pedro, o santo Padre, o Papa Francisco, pois nenhum criatura jamais poderá anular a Palavra do Senhor, como Ele mesmo disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão." (Mt 24,35).
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6. O Santo Padre, o Papa Pio XII, assim se refere à missão de Pedro: "Olhai para o púlpito de onde o primeiro papa se dirigiu aos primeiros cristãos, como eu me dirijo a vós neste momento: foi aqui que os exortou a estarem vigilantes contra o demônio, que, como um leão que ruge, ronda à nossa volta, procurando a quem devorar (cf 1Ped 5,8-9); foi aqui que os exortou a permanecerem firmes na fé, para não se deixarem levar pelos erros dos falsos profetas (cf 2Ped 2,1; 3,17).
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7. Estes ensinamentos de Pedro continuam nos seus sucessores e continuarão, inalterados, ao longo dos séculos, porque esta é a missão que o próprio Cristo confiou ao chefe da Igreja.
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8. Os sucessores de Pedro, mortais como todos os homens, também passam. Mas o primado de Pedro perdurará sempre, graças à assistência especial que lhe foi prometida quando Jesus lhe confiou a tarefa de confirmar os seus irmãos na fé (cf. Lc 22,32).
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9. Seja qual for o nome, o rosto, as origens humanas de cada papa, é sempre Pedro que vive nele, é Pedro que dirige e governa, é Pedro sobretudo que ensina e difunde no mundo a luz da verdade libertadora.
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10. Isto levou um grande orador sagrado a dizer que Deus tinha estabelecido um púlpito eterno em Roma: «Pedro viverá nos seus sucessores; Pedro falará sempre do seu púlpito» (Bossuet, Sermão sobre a unidade da Igreja, 1). Venerável Pio XII (1876-1958), papa - Audiência de 17/01/1940).
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11. Destarte, a Igreja é a parte visível do Reino de Deus neste mundo e Pedro foi escolhido por Cristo para confirmar isso. Nela estão contidos todos os tesouros e todos os alicerces da fé: a Palavra de Deus; a assistência permanente do Espírito Santo; a Tradição e o Magistério; a Cátedra de Pedro, Vigário de Cristo; os Sacramentos da salvação universal; e o Testemunho fiel de todos os santos e santas que serviram ao Senhor neste mundo. Amém! Assim seja!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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