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domingo, 27 de fevereiro de 2022

A ORAÇÃO, A INOCÊNCIA E O REINO DE DEUS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 10,13-16)(26/02/22)

Caríssimos, a liturgia de hoje nos propõe dois temas de suma importância para a vivência da fé: a oração como caridade fraterna, e o ser como criança para entrar no Reino de Deus. Com efeito, a oração é o meio pelo qual nos unimos ao Senhor Jesus e Nele permanecemos para darmos os frutos dessa união, como Ele nos ensina: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos." (Jo 15,7-8).

Na primeira leitura são Tiago nos exorta a respeito do poder da oração de intercessão: "Caríssimos, se alguém dentre vós está sofrendo, recorra à oração. Se alguém está alegre, entoe hinos. Se alguém dentre vós estiver doente, mande chamar os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o levantará. E se tiver cometido pecados, receberá o perdão."

De fato, "a oração perseverante, que no seu apogeu se faz sacramento, firmada na ajuda fraterna, é o segredo da força misteriosa que sustenta cada cristão e toda comunidade na alegria e na dor, na provação e na doença, na tentação e no pecado. O cristão que ora está unido a Cristo, participa da sua força de salvação e vive na alegria. De modo particular, a Eucaristia é a prece em que mais explicitamente se manifesta o agradecimento e a confissão dos pecados, a intercessão pelos doentes e as súplicas pelo perdão de todos os homens." (MR).

No Evangelho de hoje os pais traziam suas crianças para serem abençoadas pelo Senhor Jesus, todavia, os Apóstolos as proibiam de se aproximar Dele, ao que os Senhor os repreendeu dizendo: "Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos."

Portanto, caríssimos, esse episódio nos chama a atenção pelas virtudes que observamos nas crianças, e também em nós, se formos como elas; trata-se da inocência, espontaneidade, disponibilidade, humildade e a convivência fraterna dentre tantas outras; de certo, são essas virtudes que revelam que o Reino de Deus a elas pertence, como também a nós se as praticarmos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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