1. Amados irmãos e amadas irmãs, "a certeza que vive em mim é que um dia verei a Deus, contempla-lo com os olhos meus é a felicidade sem fim." Essa letra do cântico de entrada da missa de finados nos convida a viver o presente como uma expressão da vida futura, isto é, da vida eterna.
2. E ao cultivarmos essa esperança compreendemos que Deus nos criou por amor e somente para ama-lo e amar-nos uns aos outros aqui e por toda a eternidade. De fato, tudo em Deus é eterno; imaginem a felicidade de contempla-lo face a face no para sempre da sua glória!
Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.
3. Caríssimos, a Igreja hoje faz a comemoração de todos os fiéis defuntos, e desde já nos prepara para fazermos a mesma experiência que eles fizeram, não com uma visão negativa da morte, mas como a Páscoa eterna que o Senhor Jesus preparou para aqueles que o amam e o seguem fielmente como o fizeram sua Mãe, Maria Santíssima, são José, os Apóstolos e todos os santos e santas de todos os tempos.
4. Na primeira leitura desta liturgia o patriarca Jó por sua confiança inabalável na bondade e misericórdia de Deus, respondeu aos seus opositores com a esperança própria dos que creem e esperam a vida eterna: "Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros." (Jó 21, 25-27a)
5. Com efeito, vivemos em meio à misteriosa presença de Deus que está sempre conosco; por outro lado, mesmo estando em comunhão com Ele no seio da Sua Santa Igreja, nos deparamos com o mistério da iniquidade que se apresenta por meio de diversas tentações que chegam à nossa mente, e nós o percebemos porque são sempre contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos.
6. Daí a necessidade da perseverança na vivência da fé; na vida de oração, na frequência aos Sacramentos, especialmente a confissão e à Santa Eucaristia, e no cultivo das santas virtudes que nos levam à perfeita comunhão com Cristo, para assim vencermos todas as ciladas do maligno.
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7. Portanto, caríssimos, recordar os defuntos, é recordar as virtudes que viveram, a semente da fé que plantaram em nossas almas, o amor com o qual amaram a Deus e nos amaram. Em suma, é lembra-los como aqueles que nos precederam na santa aventura que empreenderam no seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo até a vida eterna.
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8. Amados irmãos e amadas irmãs, eis o que nos garantiu o Salvador no Evangelho de são João: "Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais." (Jo 14,1-3)
9. Então, revestidos dessa garantia supliquemos: "Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, criador e redentor de todos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo." Amém! Assim seja!
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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