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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

A PRESENÇA CONSTANTE DE DEUS EM NOSSA VIDA...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 1,18-24)(18/12/23)
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1. Caríssimos, o amor de Deus por nós é insuperável, pois fez nascer o seu Filho, Jesus Cristo, como um de nós do ventre santo de Maria pela ação do Espírito Santo; e ainda, por meio de São José, revelou qual a sua missão, realizar a nossa salvação; de fato, somente o Senhor nos ama assim, com amor insuperável. 

2. Com efeito, eis o que escreveu São Paulo a esse respeito: "Mas eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." Ora, "Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida." (Rm 5,8-10).

3. Desse modo, entendemos que Deus nos criou para a santidade e que a podemos viver desde já, contanto que não permitamos o pecado em nossa vida. Pois esse é o propósito do Senhor escrito em nossas almas quando nos criou "à sua imagem e semelhança." Não existe outro propósito para a nossa vida, fora da nossa participação em sua Natureza Divina. 
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4. É isso o que meditamos no Salmo 72: "Afora vós, o que há para mim no céu? Se vos possuo, nada mais me atrai na terra. Meu coração e minha carne podem já desfalecer, a rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus. Pois, para mim, a felicidade é me aproximar de Deus, é pôr minha confiança no Senhor Deus, a fim de narrar as vossas maravilhas diante das portas da filha de Sião."
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5. Comentando o Evangelho de hoje, disse o Cardeal Angelo Comastri: "Mateus narra o nascimento de Jesus. Já Isaías convida-nos a não cansar Deus com os nossos medos e a nossa incredulidade. Isaías diz: "Escuta, casa de David! O próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, a quem chamará Emanuel" (Is 7,13-14). 
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6. Mateus tem esse texto em mente ao narrar o nascimento de Jesus e lê o nascimento de Cristo à luz deste texto. Ele sabe que o sinal de Deus é sempre humilde; sabe que a vinda do Messias não será ostensiva: será sem ostentação, numa condição legível apenas pela fé. E assim foi! 
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7. E Maria viu-se envolvida neste estilo divino de fazer história. Ela, no momento mesmo da concepção de Jesus, torna-se um problema, talvez um incômodo para José. Mas permanece serena, porque acredita. Acredita, porque é humilde. Que grande lição! Também José tem de passar pela prova; passa-a porque é humilde, acredita e faz parte da obra do Messias. 
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8. Deus, como sempre, faz grandes coisas com os mais pequenos, com aqueles que não se deixam levar pelo orgulho. Não esqueçamos este ensinamento fundamental. O Natal volta a propor-nos as escolhas de Deus, o seu estilo, os seus caminhos.

9. Reconheçamo-nos humildemente fora do Natal, fora das escolhas de Deus: por conta dos nossos pecados. Convertamo-nos, e a nossa vida será iluminada por Cristo, e tornar-se-á uma nova Belém: sentiremos no coração uma imensa alegria, que é a assinatura segura da presença de Deus em nós e de nós em Deus."
10. Portanto, caríssimos, vivemos em meio às provações deste mundo; mas, por que somos provados? Porque somos amados por Deus até a última gota do sangue do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que morto na cruz, ofereceu-se em sacrifício para a purificação dos nossos pecados.
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11. Destarte, Deus prova aqueles que ama para que não queiram nada mais fora do seu amor. É em vão querer lutar contra essa verdade, porque nada se compara à felicidade que dela nos advém. Desse modo, quem vive essa dimensão da fé, já possui aquilo que mais deseja da parte de Deus, a vida eterna em seu Filho, Jesus Cristo. Amém! Assim seja!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

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