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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

PAI NOSSO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 6,7-15)(23/02/21)

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Caríssimos, a oração é o dom preciosíssimo do Espírito Santo que age em nós nos ajudando a encontar Deus presente em nossas almas para termos um diálogo filial e obtermos todas as graças necessárias para nos manter em plena comunhão com a Santíssima Trindade. De fato, o "Pai nosso" é uma oração trinitária que realiza a perfeita comunhão entre Deus Pai e seus filhos e filhas.

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Comentando esse Evangelho de hoje, disse o Papa Francisco: “Quando orardes, dizei: ‘Pai...’”. Esta palavra é o «segredo» da oração de Jesus, é a chave que Ele mesmo nos oferece a fim de podermos entrar também nós na relação de diálogo confidencial com o Pai que acompanhou e amparou toda a sua vida.

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Ao apelativo «Pai» Jesus associa duas solicitações: «santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino». Portanto a oração de Jesus — a oração cristã — é antes de tudo dar lugar a Deus, deixando que ele manifeste a sua santidade em nós, fazendo com que se aproxime o seu reino, a partir da possibilidade de exercer o seu senhorio de amor na nossa vida.

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Outros três pedidos completam esta oração que Jesus ensina, o «Pai-Nosso». Três solicitações que exprimem as nossas necessidades fundamentais: o pão, o perdão e a ajuda contra as tentações. Não podemos viver sem pão, sem perdão, sem a ajuda de Deus contra as tentações. O pão que Jesus nos ensina a pedir é o necessário, não o supérfluo; o pão dos peregrinos, o justo, um pão que não se acumula nem se desperdiça, que não pesa durante a nossa marcha.

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O perdão, antes de tudo, é aquele que nós mesmos recebemos de Deus: só a consciência de sermos pecadores perdoados pela infinita misericórdia divina pode tornar-nos capazes de realizar gestos concretos de reconciliação fraterna. Se uma pessoa não se sente pecadora perdoada, nunca poderá fazer um gesto de perdão nem de reconciliação. Começa-se pelo coração, onde nos sentimos pecadores perdoados.

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O último pedido, «não nos deixeis cair em tentação», exprime a consciência da nossa condição, sempre exposta às insídias do mal e da corrupção. Todos sabemos o que é uma tentação!

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A oração é o primeiro e principal «instrumento de trabalho» nas nossas mãos! Insistir com Deus não serve para o convencer, mas para fortalecer a nossa fé e a nossa paciência, isto é, a nossa capacidade de lutar juntamente com Deus pelo que é deveras importante e necessário. Na oração somos dois: Deus e eu, lutando juntos pelo que é importante."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

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