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sábado, 2 de março de 2024

MEU PAI, PEQUEI CONTRA O CÉU E CONTRA TI...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA(Lc 15,1-3.11-32)(02/03/24)
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1. Caríssimos, a prática da fé é um convívio constante com Deus, é um viver perseverante em sua presença para não nos deixar dominar pelas tentações que à todo custo quer nos delisgar Dele. Se caímos em tentação, isto significa que abrimos espaço na alma para aquilo que não é a vontade de Deus para a nossa salvação.
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2. Da sua parte o Senhor sempre se mostra misericordioso para conosco nos ensinando que o mais importante na prática da fé é exatamente a nossa permanência Nele, para assim gozarmos de todas as suas graças e divina proteção.
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3. A primeira Leitura de hoje nos mostra isto nas palavras do Profeta Miquéias: "Qual é o Deus que, como vós, apaga a iniqüidade e perdoa o pecado do resto de seu povo, que não se ira para sempre porque prefere a misericórdia? (Mq 7,18).
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4. Decerto, estas palavras proféticas nos mostram quanto Deus é bom para conosco, pois nos dá atenção mesmo quando o ofendemos com os nossos pecados, como reza o Salmista: "Pois o Senhor te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão." (Sl 102,4-5).
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5. No Evangelho de hoje vemos a grande demonstração de sua divina misericórdia na parábola do filho pródigo que o Senhor nos conta com uma ternura sem igual. Como vimos, o filho mais novo pede ao pai sua parta da herança e dele se afasta para viver por si mesmo sem seu aconchego paternal. E o pai mesmo sentindo a dor de não ter o seu filho junto de si, atende o pedido do seu livre arbítrio.
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6. No entanto, o resultado dos pecados cometidos pelo filho quase o levou à morte, porém, em sua dor, lembrou-se do pai e a ele voltou arrependido, sendo recebido com festa por aquele que nunca o esqueceu. Sem dúvida, o arrependimento deste filho é um grande exemplo a ser seguido caso caírmos em pecado mortal. 
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7. Portanto, caríssimos, a nossa vida é a parte da herança que Deus nos dá; no entanto, muitos estão estragando este precioso tesouro, como fez o filho pródigo a princípio, e com isso estão destruindo a vida receberam, por conta dos pecados que os mantém afastados do convívio com o nosso Pai celestial. 
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8. Destarte, nesta parábola o Senhor nos ensina que os nossos pecados não muda a sua divina misericórdia, por isso, todos os seus filhos e filhas que voltam arrependendidos ao seu convívio paterno, são recebidos com a mesma ternura e festa, como fez o pai misericordioso da parábola.
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9. É isto mesmo o que diz o Papa Francisco ao comentar esta parábola: "Como o pai do Evangelho, Deus continua a considerar-nos seus filhos quando nos desviamos, e vem a nós com ternura quando voltamos para ele. E Ele nos fala com tanta bondade se pensamos que somos justos. Os erros que cometemos, por maiores que sejam, não prejudicam a fidelidade do seu amor.
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10. No sacramento da Reconciliação, sempre podemos começar de novo: Ele nos acolhe, restaura nossa dignidade como Seus filhos e nos diz: "Vá em frente! Fique em paz! Levante-se, siga em frente!". (Papa Francisco - Angelus, 6 de março de 2016).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

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