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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

AS NÚPCIAS DO CORDEIRO DE DEUS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA

(Mt 22,1-14)(19/08/21)


Caríssimos, na vivência da fé não podemos ser ingênuos prometendo o que dificilmente podemos cumprir, melhor mesmo é entregar tudo nas mãos de Deus para que se realize somente a Sua Santa Vontade, bem como nos ensinou Maria Santíssima: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38). E ainda: "Fazei tudo o que ele vos disser." (Jo 2,5). Ora, a isso chamamos de obediência perfeita, porque é repleta da confiança inabalável em Deus que nunca falha. 


Na primeira leitura de hoje Jefté fez uma promessa de oferecer em holocausto ao Senhor a primeira pessoa que aparecesse na porta de sua casa caso vencesse a guerra que travava contra os seus inimigos. E de fato venceu, mas a um preço muito alto, o holocausto da única filha, uma prática que era proibida em Israel, no entanto Jefté não obedeceu. Ora, a prática da fé verdadeira, é isenta dos interesses e satisfações pessoais, porque visa sempre a salvação de todos.


No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta uma parábola ensinando a que se assemelha o Reino de Deus: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir." E depois de vários convites rejeitados, convidou a outros que não faziam parte dos primeiros, porém, dentre esses havia um sem a veste nupcial de modo que foi lançado fora, como aqueles que não aceitaram o convite.


Com efeito, aqui há se de perguntar, como entender essa parábola? Notemos que o Senhor Jesus a conta primeiro aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, que são os principais convidados, pois detinham a cadeira de Moisés cuja função era conduzir a prática religiosa do povo de Deus. Quanto ao noivo é próprio Senhor Jesus em pessoa que os convida, por isso, era preciso reconhecê-lo e aceitar o seu convite para entrar na festa de suas bodas, isto é, a vida eterna.


Quanto ao homem sem as vestes nupciais, representa aqueles que dizem repetidas vezes: Senhor, Senhor, mas não põem em prática a Sua Santa Palavra, isto é, não obedecem a vontade do Pai. Ora, as vestes são estas que são Paulo nos indica: "Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade." (Ef 4,22-24).


Paz e Bem!


Frei Fernando Maria OFMConv.

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