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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

HOMILIA DO XXIVDOM DO TEMPO COMUM...


 Homilia do XXIVDom do Tempo comum (Mc 8,27-35)(12/09/21)


Caríssimos, por mais segurança que alguém tenha advinda dos bens materiais, isso não é nada, pois, tudo o que é perecível não passa de uma frágil estabilidade que a qualquer momento se esvai. De fato, devido a nossa finitude queremos que tudo esteja sob o nosso controle, porém, como isso não é possível, por conta dos imprevistos deste mundo, tendemos a perder a fé por confiarmos mais em nós mesmos do que em Deus.


No Evangelho de hoje o Senhor Jesus pergunta aos discípulos quem Ele é aos olhos do povo, e aos olhos deles. Só que a resposta do povo não corresponde a quem Ele é; por outro lado, Pedro pleno de fé responde corretamente: “Tu és o Messias”. Ou seja, o Cristo, o enviado do Pai, o Salvador prometido, aquele que devia vir a este mundo.


No entanto, apesar de ter dado a resposta satisfatória, Pedro logo caiu em contradição por repreender o Senhor Jesus assim que revelou os sofrimentos e a morte que padeceria por conta dos anciãos do povo, dos Sumos Sacerdotes e dos doutores da Lei, por não aceitarem a sua mansidão e humildade, isto é, por não corresponder às suas espectativas.


De certo, a resposta do Senhor Jesus a Pedro e aos demais discípulos de todos os tempos, serve de alerta para toda a humanidade: "Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”. (Mc 8,34-35).


Portanto, caríssimos, depois do primeiro pecado este mundo deixou de ser um paraíso para se tornar um campo de batalha espiritual onde definimos o nosso devir, isto é, o nosso vir a ser eterno, todavia, a misericórdia de Deus e o sacrifício do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, nos dão a vitória sobre todo o mal, contanto que renunciemos à nós mesmos, para fazermos em tudo a Sua Santa Vontade.


Destarte, rezemos esta belíssima oração de santo Agostinho: "Inquieto, ó Senhor, está o nosso coração enquanto não repousar em Ti." E no salmo responsorial digamos com o salmista: "O Senhor libertou minha vida da morte, enxugou de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a Ele na terra dos vivos." (Sl 114).


Paz e Bem!


Frei Fernando Maria OFMConv.

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