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domingo, 19 de dezembro de 2021

SÃO JOSÉ, O HOMEM DO SILÊNCIO SAGRADO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA

(Mt 1,18-24)(18/12/21)

Caríssimos, Deus nos ama e age sempre para a nossa salvação, por isso, nos comunica a sua vontade, mas, é preciso ouvir a Sua voz que nos fala no silêncio da oração feita no coração das nossas almas, isto é, na nossa consciência. Sem dúvida vivemos em meio ao barulho deste mundo, porém, não nos deixemos contaminar por ele.

A Liturgia de hoje nos revela o modo como Deus fala no silêncio da consciência, como vimos no relato do Evangelho de hoje em que para realizar o seu plano de amor em vista da nossa salvação, escolheu Maria como genitora do seu Filho, e José como seu pai adotivo, aos quais revelou a sua missão redentora, ser Rei de Israel e Salvador da humanidade.

Com efeito, para realizar o Seu Plano salvífico, o Senhor utiliza a sua Teofania, isto é, a sua ação direta e inconfundível; que na encarnação e nascimento de Jesus, se dirigiu à Maria e a José por meio do Arcanjo Gabriel; a ela apareceu face a face; e a ele por meio de sonho, e assim fez-se cumprir todas as profecias a respeito da vinda de Cristo como o Messias.

De certo, aprendamos, então, com Maria e José a silenciar e a escutar o Senhor que nos fala no mais íntimo de nossas almas, para pormos em prática as suas inspirações; Ele também nos fala pela Sagrada Escritura que é a sua voz escrita; nos fala pelos santos anjos como vimos; nos fala ainda pelo exemplo dos santos e santas; pela pregação dos seus ungidos, o Santo Padre, os bispos e Padres em comunhão com ele; e também pelos Santos Sacramentos nos quais se faz presente diretamente.

Destarte, meditemos com estas palavras de santo Efrém: "José abraçava o Filho do Pai celeste recém-nascido, servindo-O como a seu Deus, nele se regozijava como na própria bondade, cuidando daquele que é o único Justo (cf. Mt 1,19): que paradoxo!

"De onde me é dado a mim, ó Filho do Altíssimo, ter em Ti um filho? Indispus-me com tua Mãe, que pensei em repudiar, não sabendo que tinha em seu seio um grande tesouro que, na minha pobreza, me tornaria subitamente rico! O rei Davi, de cuja estirpe nasci, cingiu a coroa. Vê o despojamento a que cheguei: em vez de rei, sou carpinteiro; mas foi-me dada uma coroa, pois tenho nos braços o Senhor de todas as coroas!"

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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