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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

DEUS É O NOSSO ÚNICO E SUPREMO BEM...


 Homilia do 25°Dom do Tempo Comum (Lc 16,10-13)(18/9/22)


Caríssimos, vivemos num mundo dividido por duas riquezas, a primeira é passageira e tudo o que a ela pertence será totalmente destruído, de modo que nem as suas cinzas restarão. A segunda é eterna e consiste na prática das virtudes que nos fazem realmente felizes e plenos de satisfação na presença de Deus, elas são frutos do Espírito Santo em nossas almas. 

A respeito da riqueza material escreveu são Paulo: "Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição.
Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições." (1Tim 6,9-10). 

Quanto, à riqueza eterna ele escreveu: "O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade,
brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito." (Gl 5,22-25).

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta aos seus discípulos a Parábola do administrador que mostrou esperteza ao ser despedido pelo seu patrão, e concluiu: "Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 

Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso?"
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. (Lc 16,10-13).

Portanto, caríssimos, a vida não se resume no que possuímos, mas no que somos diante de Deus; então, avaliemos as nossas escolhas e decisões se realmente estão de acordo com o plano de Deus para nossa salvação, para isto basta seguir o exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo: nasceu numa estrebaria, porque não havia lugar para ele na hospedaria. 

Não tinha bens deste mundo como ele mesmo disse: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. E ao morrer crucificado pelos seus algozes, arrancaram-lhe até mesmo suas vestes e as sortearam entre eles. Então, o que dizer do seu exemplo de vida? 

De fato, para além de tudo o que possuímos ou aspiramos possuir, tenhamos em conta que o único e Supremo Bem que permanece para sempre, não é material nem deste mundo, mais sim, o próprio Deus e tudo o que diz respeito a Ele.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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