Francisco tinha começado a falar noutra língua: na língua dos namorados e dos que experimentaram Deus. Viveu alguma coisa em Roma o que não se pode comunicar, sobre o que não se pode falar. Não há palavras adequadas. Por isso, o segredo não deve ser descoberto. Sempre que alguém fala numa situação destas para contar aos outros sobre o segredo, entorna a água preciosa e a água torna-se insípida.
„....e começou a pedir ao Senhor que lhe mostrasse o caminho. Não desvendou o segredo a ninguém, não se aconselhou com ninguém a este respeito, só com Deus, que já tinha começado a mostrar-lhe o seu caminho“. Leg3C, 10
Há em nós um espaço interior que tem de ficar fechado, uma espécie de clausura do coração, à qual ninguém tem acesso. Não o/a amante na amizade e no matrimônio, e muito menos o homem ou a mulher na rua. Quando muito, se pode oferecer uma vista de olhos pela janela a um/a confessor/a, mas isto muito discretamente e muito raras vezes. Quem pensar ter que dizer tudo, é sujeito a uma ilusão, e, ao mesmo tempo, prova que aquilo que viveu e experimentou não tem nada a ver com Deus. A verdadeira experiência Divina, que é sempre também uma experiência própria tem de ser tapada com pudor e temor. O segredo tem de ser guardado, não se atiram as pérolas para a rua.
Naturalmente, a vida é sempre um caminho. Não se deve parar, mesmo se se guardar no interior próprio o segredo de Deus. Por isso, se junta ao silêncio piedoso e discreto a oração: a questão como continuará, onde levará o segredo e o que significará dia após dia.
Perguntas:
- Como lido com as minhas experiências espirituais?
- Quais são as formas que há para as viver?
- O que faço com a minha necessidade de comunicar?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 10 fev. 2009.
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