Ilusão e Visão

É mau cair numa ilusão, ter visões é bom! Francisco conhece as duas coisas; mas é necessário que Deus intervenha dum modo especial para se poder distinguir uma coisa da outra.

Qual era a ilusão que o levou, vencida a doença, a Spoleto: O poder secular! Como se tudo fosse realizável! Como se a única perspectiva fosse de cima dum cavalo, como se fosse o serviço militar uma possibilidade viável, como se fosse uma coisa realmente rentável entregar-se de carne e osso a um poder secular! Mesmo assim, Francisco cai nessa ilusão: deixa-se seduzir pela glória e pelo esplendor terrestres e assim quer ser recrutado pelos exércitos do Papa. Quer juntar-se com Walter von Brienne que deve defender os interesses papais com as armas.

Aqui intervém Jesus Cristo. No meio da noite, num sonho, aparece-lhe. ELE destrói a ilusão. O que é, afinal, um herói de guerra! Um general? Um papa? São aqueles realmente os senhores os quais se deve seguir? Seria bom para os donos deste mundo que só tivessem que chamar e todo o mundo seguiria os seus interesses. O SENHOR, o verdadeiro Senhor do Mundo, quer que nada continue como estava; quer que tudo se mude; que das espadas sejam fabricadas enxadas, das lanças as foices e que ninguém vá à guerra, nenhuma nação pegará em armas contra outra, e que ninguém mais vai treinar-se para a guerra (Is. 2). Jesus Cristo troca a ilusão terrestre por uma visão.

E assim, Francisco deixa a ilusão e entrega-se à visão. Volta para Assis e aceita desprezo e risos. Mas tem uma visão a qual quer servir no futuro. Só não sabe ainda, de que maneira.

Perguntas:

1. Como distingo entre ilusão e visão?
2. Onde experimentei coisa semelhante como Francisco?
3. Quais as ilusões que ainda não deixei?
4. Quão forte está enraizada a visão messiânica de Jesus na minha vida?

Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 09 fev. 2009.