Arquivo do blog

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

“O hábito faz o monge”

Assim, a graça divina mudou-o, embora vestisse ainda vestimentas profanas. Por isso desejou estar numa cidade onde pudesse despir as próprias vestimentas como um forasteiro, pedir trajes emprestados a um pobre e tentar pedir esmolas ele mesmo, pelo amor de Deus. (Leg3C10)

As muitas experiências modificaram Francisco, foi transformado, diz a Legenda dos 3 Companheiros. Pelos vistos, as vestimentas ficam-lhe apertadas. Francisco sente que a aperência já não corresponde à realidade, o exterior não corresponde ao interior. Sente-se, de algum modo, estranho na vestimenta que leva. Fica marcado por uma espécie de esquizofrenia. Tem de se esforçar por genuinidade, integridade, pela concordância entre o exterior e o interior. O hábito faz o monge. Mas qual hábito fica-lhe realmente bem?

Em vez de se pôr diante do espelho para experimentar diferentes vestimentas como fazem normalmente as mulheres, mas, em medida cresciente, também os homens, antes de sairem, Francisco vai a uma região na qual ninguém o conhece. Normalmente vestem-se as vestimentas das quais os amigos e conhecidos possam gostar. O vestido é uma questão da honra, da aparência, do prestígio, da posição social. Pede reconhecimento, confirmação. Francisco, no entatno, já não procura aquilo. Só quer ser autêntico. Procura o equilíbrio entre o estar no mundo e da sua condição interior. Esta experiência só a pode fazer num lugar onde ninguém o conheça.

Assim vai para uma terra alheia. E veste o vestido dos pobres, a vestimenta do mendigo – e faz-se mendigo pobre. Um dia inteiro – e sabe: é a minha vestimenta, fica bem com o meu interior. A aparência corresponde ao ser. O ser pobre não se dá bem com o prestígio que um vestido rico promete.

Perguntas:
  1. Qual significado tem para mim a aparência, especialmente a roupa?
  2. Quais as experiências que fiz quando desisti dos símbolos de posição social?
  3. Quais as experiências que fiz com uma “troca de roupa”?
  4. Caso que sou monge ou freira: Quais as experiências que fiz com o hábito?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 10 fev. 2009.

Um comentário:

  1. Muito bom o seu blog...

    Vou colocar uma imagem, com o link do seu blog no meu...
    Ja tenho o link dele na minha lista de links... visite o meu blog e me de sua opinião..paz

    ResponderExcluir

Firefox