Deram-se as vivências de violência e guerra, de sangue e chagas, de morte e luto. Já passou muito tempo desde a revolta dos cidadãos contra os nobres da cidade; mas as imagens da destruição continuam na sua alma: fogo, casas arrasadas... e a guerra: ainda sente nos seus ossos e músculos os golpes, que deu, também aqueles, que ele mesmo recebeu. Viu a cara da morte. Chamam-se Martino, Guiseppe, Marco, Luca e outros. Não, não pode esquecer!
E depois a prisão em Perusa: o chão molhado, noites febris, injúrias dos inimigos, as troças do companheiros. Durante dois anos inteiros! E depois o contágio, a doença: a malária e com ela: sempre dores de cabeça, febre, depressões, mal humor, fraqueza.
E agora em casa: Não há realmente nada que possa dar alegria. O riso desapareceu do rosto, o olhar é triste; nada o atrai, nada lhe sabe bem. Nem a bela Isabel na vizinhança, nem os bolos da mãe, nem o regatear do pai. Também não o bosque de outono cheio de cores, nem o sol benigno, nem o vento fresco. Nada, absolutamente nada!
O que deve fazer com a sua vida? Para que viver? Para onde vai tudo? O que trará o futuro? Coisa melhor? Outra coisa?
Francisco põe estas perguntas constantemente. Não encontra resposta nenhuma. Tem de viver com as perguntas, com a insegurança, com o sabor amargo, que lhe ficou dos anos passados. Pelo menos até agora.
Perguntas:
- Quais foram as experiências decisivas e marcantes da minha/nossa vida? Quais as perguntas sem solução?
- Que experiências estragaram o sabor de vida a mim/a nós? Como saí/saímos desta situação?
- Que sentido tiveram os períodos das perguntas, a ausência de respostas? Como passei eu/passámos nós e como venci)/vencemos estes períodos?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 09 fev. 2009.
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