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sábado, 22 de outubro de 2022

PALAVRAS SÃO ETERNAS PARA O BEM OU PARA O MAL...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 12,49-53)(20/10/22)


Amados irmãos e amadas irmãs, depois da vinda de Cristo a este mundo, o pecado perdeu sua força atrativa, destrutiva, mas permanece como tentação, e as armas para vence-lo são: a Palavra de Deus, que é a espada do Espírito Santo com a qual vencemos as mentiras do nosso inimigo de nossas almas.

Temos também a oração clamando o sangue de Jesus, que é um exorcismo que expulsa o maligno; temos ainda o livre arbítrio, que é o poder de Cristo em nossa vida para dizer não ao mal; e por fim, as obras de caridade e misericórdia com as quais socorremos os que foram atingidos pelas injustiças deste mundo.

Meditemos com amor e devoção o pequeno sermão de cada dia. 

Caríssimos, a liturgia de hoje nos apresenta uma Palavra de difícil compreensão se a julgarmos pela emoção ou sentimentalismo, ou ainda fazendo uma imagem distorcida de quem é Cristo; porque Ele é Deus feito homem, e Deus é amor, aquele que tem palavras de vida eterna, nosso único Salvador.

Com efeito, Deus nunca perdeu o controle sobre a obra da criação, ainda que o maligno queira dizer o contrário; e é exatamente aqui que muitos se enganam, basta examinar o estado interior dos que praticam as maldades sugeridas pelo inimigo, por meio de tentações, para perceber o vazio existencial e a terrível falta de paz presente nas almas contaminadas pelos pecados cometidos.

De fato, uma alma em estado de pecado mortal, é uma alma morta espiritualmente, isto é, sem amor, porém, cheia de ódio e rancor, desejo de vingança e de todo tipo de maus pensamentos que lhe oprime e sufoca como se já estivesse no inferno. E se ainda sente algum prazer carnal na prática do pecado, este se converte em profundo remorso por transgredir as Leis de Deus, afastando-se do seu infinito amor e da sua presença.

Decerto, é aqui que definimos o nosso devir, isto é, o vir a ser eterno com Cristo ou sem Ele; a ida para o Reino de Deus, a felicidade eterna; ou para o reino das trevas, em que na há felicidade alguma. É isso o que a liturgia de hoje nos ensina, para não cairmos nas armadilhas do demônio, pois suas obras são perversas como também são as dos seus seguidores.

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus disse aos seus discípulos: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!" Obviamente Ele fala do fogo do Espírito Santo que ilumina as nossas almas nos revelando quem é Ele e como acolhe-lo em nossa prática de vida deixando-nos conduzir por Ele.

Também nos fala da divisão até mesmo entre os membros de uma família que não está totalmente convertida, e por isso, tornam-se pedra de tropeço entre si mesmos por conta da não total adesão a Cristo: "Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. (Lc 12,52-53).

Portanto, caríssimos, o Senhor Jesus veio para salvar a todos, mas nem todos o acolhe com fé e perfeita obediência, e essa é a grande diferença que existe entre os que crêem e não crêem Nele. Todavia, se numa família todos são convertidos não existem motivos para haver divisões, pois a lei do Senhor Jesus, é a lei do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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