De pé descalço nas pegadas de Jesus
Francisco de Assis experimenta e segue Cristo
Frei Niklaus Kuster OFMCap
Juventude não religiosa no centro de Assis e um Deus distante
Porque vive uma pessoa jovem, socializada pela Igreja, no ano de 1200, “como se Cristo não existisse”? E isto no centro duma cidade que dispõe de mais de uma dúzia de igrejas e centros monásticos, ao mesmo tempo, que só tem 2000 habitantes? A resposta pode ser insinuada pelo portal da Catedral de São Rufino, que foi construído naquela época: representa uma imagem de Deus, normal em 1200: o Deus do mundo românico, no trono, assistido pelo sol e pela lua, altamente sublime. O que tem esse Cristo poderoso do mundo a ver com a vida cotidiana das pessoas, com as preocupações burguesas, negócios planejados, festas e sonhos com carreiras?“O mais humano de todos os santos” escreve Raoul Manselli sobre a primeira metade da vida que tinha “vivido sem Cristo”. O autor traduz assim, para a linguagem moderna, o que Francisco de Assis expressa no seu testamento desta maneira: “cum essem in peccatis” (“como eu estivesse em pecados”). O jovem negociante, sem dúvida, pratica a religião como toda a camada burguesa: vai à missa aos domingos, participa das procissões nos dias festivos e peregrina com sua família, de vez em quando, para Roma. No entanto, olhando para trás, a fé parece não ter influência em sua vida. Agir e decidir. Naquela época é o clero que se ocupava da religião. O clero que está presente em grande proporção na cidade, não acompanha a rápida mudança do tempo. O culto celebrado não significa, de maneira nenhuma, espiritualidade vivida.
Deus mesmo se mostra altamente paciente com o jovem negociante que, durante muitos anos, desfruta do lado dourado da vida. O “Altíssimo” pode esperar até as pessoas o procurarem por iniciativa própria – e Ele espera o que o procura nos lugares mais estranhos. Contudo, este tema vai ser abordado mais tarde.
Nota:
Nos próximos meses, até fins de 2009, queremos continuar os impulsos por motivo do ano do jubileu “800 anos do Movimento Franciscano”, incluindo cada vez um parágrafo tirado dum artigo mais longo da autoria de Fr. Niklaus.
Extraído de CCFMC-Boletín, fev. 2009. Diaponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/cbcmf-news/2009/2009_02_News.shtml acesso em 1º mar. 2009.
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