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quinta-feira, 12 de março de 2009

A grande liberdade


Francisco, porém, não se deixou comover nem por palavras nem pela cárcere, nem domar por pancadas; pelo contrário, suportava tudo com paciência ficando cada vez mais pronto e decidido de realizar o seu santo propósito. Quando o seu pai tinha saído de casa para um negócio urgente, a mãe, que ficava com ele a sós e que não aprovava o procedimento do seu marido, quis persuadi-lo com palavras carinhosas. Mas, como não foi capaz de o fazer renunciar ao seu santo propósito, o seu coração enterneceu-se. Soltou as cadeias e deixou-o andar livremente. Ele, no entanto, agradeceu o Todo-poderoso, voltou ao lugar onde tinha estado anteriormente e alegrava-se da sua maior liberdade. Leg3C18


Já falamos mais vezes do conflito duro com o pai. O fato de a mãe se enterneceu está no horizonte das esperanças humanas. Muitas vezes, a vontade dos pais é dura, quando se trata de quebrar a vontade dos filhos ou das filhas, e tantas vezes as mães inclinam-se aos seus filhos.

Há dois termos importantes neste texto:

Primeiro, o termo “o propósito”. Não é simplesmente uma boa intenção entre muitas outras, com as quais, como diz o provérbio, está calçado o caminho até ao inferno; não só uma intenção até à próxima confissão trocando-a depois por outra. “Propositum”, a palavra em latim, significa um projeto orientado a uma meta, tendo um sentido e é sustentável, um projeto do qual nunca mais se pensa distanciar. Não há nada que o possa destruir: não a cárcere, nem pancadas.

Depois o termo “grande liberdade”. O que entendemos sob o termo de liberdade: independência? Variedade? Abertura completa? Possibilidades infinitas? Claramente, Francisco entende outra coisa sob este termo. Grande liberdade existe precisamente na ligação a um propósito. Só o projeto consequentemente seguido faz possível aquela liberdade de criação de que se fala aqui.

Perguntas
  1. Quais as minhas recordações ao meu pai, à minha mãe? Como me influenciaram? Como ganhei a minha liberdade em relação às idéias deles?
  2. O que é o meu propósito? Como são as minhas intenções? Qual projeto poderia ainda realizar?
  3. Como vivo a minha liberdade? Quanta liberdade tenho? Quais as minhas ligações
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 11 fev. 2009.

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