Deus Altíssimo, cheio de luminosidade
Ilumina a noite escura no meu coração
Dá-me
Uma fé que me erga
Uma esperança que segure
Um amor que se meça no amor de Jesus Cristo
Dá-me, Senhor,
Um conhecimento que desenvolva
um sentido que penetre tudo
Deixa-me experimentar a dignidade que Tu me ofereces
E levar a cabo a missão que Tu me atribuíste.
Pode reconstruir-se o que aconteceu na capela de San Damiano perto de Assis. Conserva-se uma oração que Francisco rezou na capela e que aparentemente também repetiu muitas vezes. Admito: as minhas palavras não são uma tradução ao pé da letra, pois uma boa parte é interpretação.
Primeiro deve apontar-se para uma contradição: o Crucificado ao qual Francisco reza, já passou por torturas, sofrimentos e morte. Está iluminado pela luz pascal, mais ainda, completamente iluminado pela glória celeste. A luz, portanto, é o leitmotiv do texto: Deus é essencialmente luz; portanto também é capaz de penetrar as trevas, nas quais nós homens caímos muitas vezes. “Deus é Luz – e as trevas não estão Nele”. (Jo 1,15) – é a esperança de todos que estão rodeados de noite e apalpam as coisas na noite escura dos sentidos e do espírito, estão cheios de perguntas e dúvidas.
Tais pessoas não precisam de frases com que os bombardeemos, não precisam em primeiro lugar de ortodoxia, mas da experiência da sinceridade, das costas direitas e da cabeça erguida.
Tais pessoas também não precisam da segurança ilusória, que emane das coisas exteriores, mas duma certeza que tenha o seu fundamento em Deus: da promessa que oriente para o futuro; duma realização que não se baseie em obras humanas, mas sim na realidade da fé de que Deus é Deus.
Tais pessoas não querem, em primeiro lugar, o ideal grego da perfeição, também não o amor perfeito, mas sim a experiência de que são totalmente amadas e portanto são capacitadas dum tal amor.
Tais pessoas querem experimentar que não haja uma ruptura no meio delas separando sentidos e sensibilidade. Querem ser totalmente homens e mulheres diante de Deus.
Tais pessoas querem saber qual a dignidade que Deus lhes ofereceu e qual o papel que têm de cumprir no plano de Deus.
É isto por que Francisco reza desde o princípio e estava rezando durante toda a sua vida.
Perguntas:
- O que dizes à tradução desta oração?
- Quais são as experiências que fizeste na tua vida para compreender Francisco melhor?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 11 fev. 2009.
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