A partir desta hora, o seu coração estava ferido e derretido pensando no sofrimento do Senhor, pois ele, durante toda a sua vida, teve sempre os estigmas do Senhor Jesus Cristo no seu coração, como isso se verificou mais tarde com muito esplendor devido à renovação dos estigmas, que apareceram no seu corpo de maneira milagrosa. (Leg3C)
Falamos muitas vezes de “estar tocado”. Francisco podia ter o feito com mais autenticidade. Pois, muitas vezes, nós não estamos tocados muito profundamente. Dum momento para outro há outra coisa completamente diferente que nos toca.
Desde o encontro com o Crucificado, há, no entanto, para Francisco só um tema: a vulnerabilidade permanente devido ao sofrimento de Cristo. Ele tem no presente todos os dias, toda a vida.
A sua alma está estigmatizada, muitos anos antes de o seu corpo mostrar os estigmas de Jesus. Deve notar-se que esta vulnerabilidade não se refere só a imagens do Crucificado, mas sempre também ao sofrimento concreto que encontra.
Uma vez é o verme que se torce no pó da rua – Francisco leva-o para as ervas. Outra vez é um cordeiro que está para ser abatido. Tem de o comprar deixando-o viver bem junto das irmãs. Noutra ocasião é o rosto torcido de dor dum irmão – Francisco senta-se ao lado dele deixando-o sentir o seu carinho. Há numerosas histórias que demonstram esta capacidade de Francisco, a capacidade de ter compaixão e de aliviar o sofrimento. Mesmo o chão cheio de pedras pode sofrer com as suas pegadas, Francisco está convencido disso.
Perguntas:
- E tu, como te comportas perante o sofrimento das pessoas, dos animais, da terra?
- Como te comportas junto da cama dum doente?
- Como reages quando ouves falar de transportes de animais, da criação de animais em massa, da matança industrial cruel?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 11 fev. 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário