Francisco um ladrão? Pode dizer-se naturalmente: não! Francisco tem, segundo a legislação daquele tempo, o direito de dispor do negócio de fazendas do seu pai. Tem de se acrescentar, no entanto: sim, pois este direito de dispor só serve na medida em que pressupõe, pelo menos, o consentimento do seu pai. Francisco, porém, poderia ter atuando de boa fé. Por outro lado, o pai sente-se enganado e reclama o seu direito.
De todos os modos, a disputa entre pai e filho escalou tanto que as possibilidades de solucionar o conflito na família foram exaustas. O pai só vê a via legal perante as autoridades legais estatais, os cônsules de Assis. Por isso, Francisco é citado ao Tribunal. Mas este esquiva-se da jurisdição estatal. Francisco diz que esta não é competente. Acrescentou que Deus o tinha libertado. Nenhum tribunal do mundo podia responsabilizá-lo. Só Deus, cujo servo era, tinha este direito.
Perguntas
- Quais as possibilidades de solucionar o conflito teriam tido os Bernardones?
- Qual relação com a própria biografia tem esta anedota?
- O que se pode dizer sobre o espaço livre de leis, o qual Francisco reclama para ele?
- Qual o significado dos espaços livres de leis na sociedade de hoje?
Extraído de:
Carisma 2008/2009 : intercâmbio de idéias e impulsos / Anton Rotzetter. Disponível em http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/bibliothek/charisma/2007_Charisma_Impulse.shtml?navid=104 acesso em 11 fev. 2009.
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